quinta-feira, 17 de setembro de 2020

100+ livros para pensar qual futuro queremos para o mundo

ATUALIZADO EM 12/08/2021

Não tem jeito. Os clichês são verdadeiros. O futuro do mundo está nas nossas mãos e se você não gosta do que vê hoje, a mudança tem que começar com você mesmo. Já são diversos posts aqui no blog dando dicas de livros relacionados a viagens. Uma pessoa que ama ler desde cedo como eu faz questão de indicar leituras porque conhece o poder de transformação que ela tem. Já faz muitos anos que eu tento educar e inspirar ações para um mundo mais justo e pacífico (seguindo os princípios dos Direitos Humanos, Diversidade, Desenvolvimento Sustentável e Resolução Pacífica de Conflitos) e nada melhor do que indicar leituras essenciais que já fiz e que considero fundamentais para aprender sobre o passado, entender o presente e pensar sobre um futuro melhor.



100+ livros para pensar qual futuro queremos para o mundo


Não é possível que algum ser em sã consciência em 2021 ache que está tudo certo e não temos que mudar. Temos que mudar sim, e muita coisa! Só uma pessoa muito alheia ao mundo teria coragem de achar que sabe sobre todos os assuntos e entende tudo. Estou nessa jornada faz tempo e já li mais de 70% da lista deste post (a maioria nos últimos três anos, quando minha insatisfação com a política e com o mundo tomou proporções maiores). Mas indiquei também vários que estou querendo muuuito ler, mas ainda não tive tempo/não tenho o livro - alguns estão aqui na minha estante só esperando acabar um para começar o outro.



100+ livros para pensar qual futuro queremos para o mundo


São livros sobre feminismo, ecologia/meio ambiente, racismo, política e outros temas relevantes. Eu indico que você comece lendo de acordo com o que já tenha em casa ou a causa que mais te tocar no momento. Claro que tem muito livro bom por aí que não entrou na lista ou porque eu não conheço ainda ou porque eu tive que parar em algum momento ou não publicaria o post nunca. Mas me deixem as recomendações nos comentários porque posso fazer a parte 2 deste post no futuro ou simplesmente aumentar o post. Já indiquei a maioria deles lá nos stories do Instagram do blog - salvos nos destaques - se quiser acompanhar por lá, posto minhas leituras de viagem e além das viagens sempre.

E para aqueles que estão se perguntando o que esse tipo de livro tem a ver com um blog de viagem, como seria possível uma mulher viajar sozinha (um assunto que falo bastante por aqui) se ela não tiver liberdade para isso? Como seria possível qualquer turista viajar para uma cidade segura, se o destino não se importa com a segurança pública dos próprios cidadãos? Qual graça teria você conhecer um lugar superficialmente, sem entender os motivos de tudo ser como é porque ficou com preguiça de estudar a História do local? Como que alguém quer aproveitar destinos de ecoturismo e ao mesmo tempo não se importa com o meio ambiente? Poderia continuar fazendo esse tipo de pergunta eternamente, mas fica para depois (já tem outro post no rascunho sobre a relação de turismo com política).


100+ livros para pensar qual futuro queremos para o mundo


O vídeo abaixo é uma dica também para quem tiver preguiça de livros grandes:





Leiam todas as dicas de livros aqui no blog!




Lembre-se: feminismo não é um plano de vingança e sim de libertação!








Essa semana foi muito pesada, a gente sabe. Ao mesmo tempo, as pessoas nas redes sociais se movimentaram para trazer muitos assuntos delicados à tona. Muita gente se posicionou sobre racismo, dores coletivas que não conheciam e questões de outras camadas da sociedade. Muitas sementes foram plantadas. ☀️ Inclusive, pela primeira vez finalmente não cruzamos com ninguém falando em mimimi pra encerrar as conversas e nesse contexto vimos essa frase da @natalia.landeiro em alguns lugares!!! Será que essa galera finalmente entendeu que usar o “mimimi” como argumento é uma forma bem infantil de diminuir uma dor que ela não sente? Será que entendemos de uma vez que essa é só uma forma tentar terminar uma discussão para não ter que repensar o que aprendemos? Pra gente, chamar um ponto de vista de “mimimi” sempre foi uma forma de encerrar um debate incômodo, que em geral ou as pessoas não queriam ter ou nem sabiam discutir. Então talvez o lado bom disso tudo seja esse. Estarmos furando nossas bolhas de privilégios e tirando o foco de uma única história. Aprendendo e ouvindo com o outro. Nos informando e nos unindo no debate. Quando a gente para de invalidar histórias diferentes das nossas, podemos aprender mais sobre nossos coletivos tão diversos. Que de agora em diante seja assim, com ouvidos bem atentos! 🙏🏽💡😊 frase @natalia.landeiro
Uma publicação compartilhada por PAPO SOBRE AUTOESTIMA (@paposobreautoestima) em



Ah, se você preferir, compre os livros abaixo na pequena livraria do seu bairro/cidade e ajude os pequenos comerciantes (ou até nos sites de cada editora), mas se comprar pelos links abaixo, eu recebo uma pequena comissão para manter o trabalho no blog!


Chega de introdução!



01) O mito da beleza - Naomi Wolf




O mito da beleza é mais atual do que parece apesar de ter sido escrito 30 anos atrás. Mais do que essencial para entender o papel da mulher na sociedade, tanto no passado como no presente e é considerado por muitos como um dos livros mais significativos do feminismos, afinal é uma árdua e contínua tarefa se livrar das amarras das expectativas da sociedade (e também da indústria da beleza). Não consigo nem expressar o quanto esse livro é incrível - minha melhor leitura de 2019 e com grandes chances de ser a melhor leitura da minha vida! Acho que dá pra entender nas fotos de instagram abaixo. Como podemos ser livres se somos prisioneiras de um padrão inatingível? Como podemos ser felizes se estamos permanentemente exaustas, inseguras e insatisfeitas com nosso corpo? Livro necessário sempre.














02) Pare de se odiar - Alexandra Gurgel



Top 5 entre minhas leituras de 2019, o "Pare de se odiar" é mais atual, mais curtinho, com linguagem de internet, cheio de casos reais e complementar ao "Mito na Beleza" - ninguém consegue se livrar do mito, se não aprender a se aceitar. "Amar o próprio corpo é um dos atos mais revolucionários deste século." Sigam a Alexandra no instagram - alexandrismos.







03) Um teto todo seu - Virgínia Woolf


Clássico de Virgínia Woolf, baseado em palestras da mesma nos anos 20, abordando sobre a situação da mulher na produção literária naquela época e no passado. Todo mulher precisa ter "um teto todo seu", tempo e reconhecimento para poder produzir algo relevante.








04) O lado invisível da economia - Katrine Marçal


Outra das minhas top leituras de 2019 - e olha que leio praticamente um livro por semana! O lado invisível da economia seria todo o trabalho de casa, quase 100% feito por mulheres e quase 100% invisível e não remunerado e sem ele, os homens não conseguiriam fazer o que fazer e chegar onde chegaram - ela inclusive dá exemplos de pensadores e escritores do passado que só chegaram onde chegaram com o trabalho que suas mulheres, mães e irmãs tinham por trás para que a vida do homem continuasse organizada.








Uma publicação compartilhada por May Fanucci (@empodereduasmulheres) em



05) Mulheres e caça às bruxas - Silvia Federici


A italiana Silvia Federici é uma das maiores pensadoras atuais sobre feminismo e trabalho feminino e eu até cheguei a participar de uma aula magna na Unicamp em 2019 na ocasião de lançamento de outro livro dela! Sua tese principal pode parecer loucura a princípio, mas ela diz que a caça às bruxas séculos atrás estão totalmente ligadas à ascensão do capitalismo e da família tradicional como conhecemos hoje. Ela tem outro livro mais detalhado sobre o assunto logo abaixo, mas escreveu este daqui por conta de pedidos para simplificar o anterior.













PODEMOS SER FEMINISTAS E NÃO REPENSARMOS A NOSSA RELAÇÃO COM O CAPITALISMO? Pra aprofundar um pouco mais essa questão, é importante entendermos que o processo de caça às bruxas foi extremamente importante pra todo o percurso que fortificou o capitalismo. A perseguição que ocorreu durante a inquisição, resultou em desapropriação de terras, estruturou a cultura patriarcal, que criou várias imposições às mulheres como submissão, obediência, aceitação. Limitadas ao ambiente doméstico e à todas as atividades que ele trazia, tornaram-se principais contribuintes na produção de integrantes da força de trabalho, cuidando dessa importante mão de obra desde o seu nascimento e garantindo que seu desempenho atendesse as exigências da sociedade. Segundo Silvia Federeci, autora do livro Mulheres e Caça às Bruxas, "não podemos ser feministas e não estarmos contra o capitalismo, uma vez que este cria continuamente hierarquias, formas diferentes de escravização e desigualdades. Então, não podemos pensar que sobre esta base se possa melhorar a vida da maioria das mulheres, nem dos homens. O feminismo não é somente melhorar a situação das mulheres, é criar um mundo sem desigualdade, sem a exploração do trabalho humano que, no caso das mulheres, se transforma numa dupla exploração." Mulheres ainda são acusadas de bruxaria em países do continente africano, na Índia e Papua-Nova Guiné. Mulheres mais velhas e solteiras fazem parte da grande maioria desse grupo. Segundo Silvia, este processo ainda estaria conectado com a desapropriação das terras comunitárias. "Há mulheres que foram enterradas vivas, queimadas. No norte de Gana há campos de concentração onde se refugiaram mulheres acusadas de serem bruxas e que foram expulsas de seus povoados." . . Fontes: Trabalho reprodutivo: a força motriz do capitalismo, Fermento Feminista e Federici: o feminismo como dever anticapitalista, Outras Mídias . . . Siga a @tourdelas . #tourdelas #feminismo #mulheresnahistoria #mulheresnapolitica #mulheresnaliteratura #mulheresqueescrevem #invisivelnuncamais #direitosdasmulheres #leiamulheres #readwoman #silviafedereci #mulheresecaçaàsbruxas #calibaeabruxa #caçaasbruxas #capitalismo #inquisicao
Uma publicação compartilhada por Tour Delas (@tourdelas) em




06) Calibã e a bruxa - Silvia Federici


"Calibã e a bruxa" é bem longo e mais detalhado sobre a tese acima e o que me convenceu totalmente da ligação da caça às bruxas com o capitalismo e sociedade patriarcal da atualidade. Se você pulou o livro acima, volte uma casa rs.











07) O ponto zero - Silvia Federici


Esse foi o livro que participei da aula magna ano passado na Unicamp! Acho que dos 3 dela que falo neste post é o mais "complicadinho" deles e lembra muito o "O lado invisível da economia", só que com mais pesquisas científicas.













08) O conto da aia - Margaret Atwood



Uma distopia considerada clássica publicada nos anos 80, com direito a série (com 4 temporadas) e infelizmente mais assustadora e real do que gostaríamos. É de pequeno em pequeno retrocesso que a sociedade voltou às Idades das Trevas e mulheres voltaram a ser tratadas como propriedade, entre outros absurdos, sempre com a justificativa de que "está escrito na Bíblia". É bem pesado de ler e de assistir e eu nem consegui terminar a última temporada ainda, porque as semelhanças com o Brasil atual são assustadoras!



Série: The Handmaid's Tale Ano: (2017 - presente)

Publicado por Um Filme Me Disse em Domingo, 23 de setembro de 2018






09) Os testamentos - Margaret Atwood



Continuação do clássico "O conto da aia", que se passa 15 anos após os acontecimentos do primeiro livro e conhecemos o futuro de Gilead, o país extremista onde acontece a história.








10) Mulheres não são chatas, mulheres estão exaustas - Ruth Manus



Eu considero a Ruth Manus como uma das melhores escritoras brasileiras atuais. Impossível um mulher branca de classe média alta não se identificar com os dilemas que ela sempre aborda em seus textos! Acompanho a autora em todas as redes e já li muita coisa dela, e gosto da grande maioria dos textos. Este livro lançado em 2019 é o que conta bem das relações das mulheres atuais com sua família, amigos e amores.








11) Mulheres que correm com lobos - Clarissa Pinkola Estés




Confesso que é um clássico, mas que ainda não li. Algumas pessoas tentam ler, mas abandonam porque não entendem, mas quem lê inteiro, elogia demais! Quem lê o livro costuma dizer que existem momentos quando ele deve ser lido, mas não é sempre que vai fazer sentido. Fala sobre os ciclos naturais feminino, sagrado feminino, força feminina e como as mulheres foram sendo domesticadas ao longo da História.







12) Quem tem medo do feminismo negro? - Djamila Ribeiro




Li em 2018 e já está na fila para releitura rs. A autora é um dos principais nomes hoje no Brasil sobre ativismo e feminismo negro. O livro é uma coleção de textos anteriores da autora, onde ela aborda por exemplo o silenciamento que negros sofrem desde a infância e conta diversos episódios de sua vida.






13) O feminismo é para todo mundo - bell hooks



Outra importante ativista do feminismo negro atualmente, mas norte-americana. Também na minha fila de releitura. Ela mostra no livro a importância de uma educação feminista para construção de uma sociedade mais justa e igualitária.

















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14) Sejamos todos feministas - Chimamanda Adichie


"Conheci" a nigeriana Chimamanda por conta de um TED que ela fez um tempão atrás sobre "o perigo de uma história única" (clique no link anterior para assistir) - aquela ideia de que é perigoso a gente só ouvir um lado da história. Ela também fez outra palestra famosa, "Sejamos todos feministas", que foi transformada em um livro fininho, mas poderoso. "O que significa ser feminista no século XXI? Por que o feminismo é essencial para libertar homens e mulheres? Precisamos criar nossas filhas de uma maneira diferente. Também precisamos criar nossos filhos de uma maneira diferente."















15) Para educar crianças feministas


Esse eu não li, mas entendo que seria uma "continuação" do livro acima. Já que a Chimamanda apresentou o problema, é bom demais ajudar na solução! Outro livro de leitura rápida.







16) Feminismo para os 99%- Cinzia Arruzza, Tithi Bhattacharya, Nancy Fraser


Mais um livro que está na minha lista de releitura rs. "Moradia inacessível, salários precários, saúde pública, mudanças climáticas não são temas comuns no debate público feminista. Mas não seriam essas as questões que mais afetam a esmagadora maioria das mulheres em todo o mundo?"








17) Os homens explicam tudo para mim - Rebecca Solnit




A autora conheceu um homem em uma festa que tinha lido um livro e super recomendava a  leitura - ele deu praticamente uma palestra para Rebecca, antes que ela pudesse contar que ela era a autora do livro! Foi dessa história de "precisar explicar o pai-nosso ao vigário", extremamente comum em situações diversas envolvendo homens e mulheres hoje em dia, que surgiu o termo mansplaining, que permeia todo o livro e é mais um tipo de violência contra as mulheres. Facinho de ler, li praticamente de uma vez em 2020. 







18) A mística feminina -Betty Friedan




Outro clássico do feminismo, que li em 2020. A autora estava tentando entender a insatisfação das mulheres donas de casa dos Estados Unidos nos anos 60 e aí conseguimos compreender a história de opressão e libertação das mulheres, passando por mecanismos de controle de gênero.








19) O segundo sexo - Simone de Beauvoir


Mais um clássico do feminismo - esse eu nem tenho ainda! É enorme e confesso que tenho preguiça de começar apesar de ser super bem recomendado. Explica como/porque as mulheres são colocadas em segundo plano e que não nascemos mulheres, nos tornamos mulher! Quem sabe tudo sobre o livro e sobre a autora é a Michelle do Instagram Clarices e Marias - vai lá que tem vários destaques sobre o tema!







20) Livre: A jornada de uma mulher em busca de um recomeço - Cheryl Strayed


Livro lançado alguns anos atrás que conta a jornada da autora em uma trilha famosa nos Estados Unidos quando ela passava por problemas na vida pessoal. Faz muito sucesso entre a mulherada que quer viajar sozinha, mas falta coragem. Eu não consegui me identificar com a autora. Teve filme com a atriz Reese Whiterspoon.








21) Eu não quero chegar a lugar algum - Mariana Bueno




Vale indicar amiga? hahaha Coletânea de textos da blogueira do Mariana Viaja, que sempre indico por aqui, em especial para quem gosta de viajar sozinha! Dei vários exemplares deste livro ano passado para amigas e também está entre as top leituras de 2019. Um dos meus textos preferidos dela é o curioso caso de viajantes que conheceram o mundo, mas não entenderam nadaSigam o Mariana Viaja no instagram.









22) Mas você vai sozinha? - Gaía Passarelli



Um clássico nas listas de livros para mulheres que viajam sozinhas. As ilustrações são lindas! São crônicas, cada uma se passando em algum lugar do mundo - de São Francisco a Machu Picchu, da Índia a Nova York (e alguns outros), além de informações práticas de cada destino.








23) Bravas viajantes - diversas autoras



Esse eu não li, mas são histórias de sete mulheres, cada uma viajando sozinha por lugares diferentes do planeta, contando histórias femininas na estrada.









24) Memórias impublicáveis de viagem - Amanda Trintim



Livro publicado por uma colega blogueira de viagem (Amanda Trintim do blog As viagens de Trintim, que também viaja bastante sozinha) como trabalho de conclusão de curso da faculdade de Jornalismo, conta diversas histórias de viagens pelo mundo, a maioria delas bem divertida (tem drama e perrengue também).





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25) O livro do feminismo


É um livro mais técnico, estilo um resumão de toda a história do movimento feminista, nomes e livros importantes e ótimo para ter uma base de vários conceitos, pegar dicas e referências para se aprofundar mais depois. Adoro a diagramação da coleção toda - é grande, mas bem fácil de ler.








26) Mulheres de SP: mulheres que transformaram São Paulo


Quando você pensa na História de uma cidade (ou um país), quais as personalidades importantes que vêm à cabeça? Sempre homens, não é? Mas claro que sempre tem mulheres envolvidas na jogada, que na grande maioria dos casos é ignorada e suas histórias não são repassadas para frente. Este livro conta sobre diversas mulheres paulistanas ou não, que deixaram marcas na capital paulista. Quero muito comprar e ler antes de voltar a São Paulo!





Leia aqui todos os posts no blog sobre São Paulo!



27) O Centro pelo Olhar das Mulheres - Thaís Carneiro



É um ebook sobre o walking tour da Thaís do Mulheres Viajantes no centro de São Paulo. Já que na pandemia não tinha como rolar o tour presencial, além de fazer tours online, ela disponibilizou o ebook de um de seus tours mais famosos. O tour passa por cartões-postais da ci​dade (na região no Centro Novo), analisando em que pontos as mulheres  modernistas (Tarsila do Amaral, Anita Malfatti e Pagu) estão presentes ou ausentes no discurso, na arquitetura e na históriaSigam o Mulheres Viajantes no instagram.

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28) Extraordinárias: Mulheres que revolucionaram o Brasil - Duda Porto de Souza e Aryane Cararo


Conta sobre mais de cem mulheres brasileiras de várias áreas (do teatro e da música, da literatura e da TV, do cinema e da moda, entre outras áreas) e suas histórias, que geralmente são apagadas e desvalorizadas.








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29) Por que lutamos? - Manuela D´Avila


Livro curto e básico sobre feminismo e as lutas das mulheres.





30) Feminismo e política - Luís Felipe Miguel e Flávia Biroli


Está na minha lista, ainda não li, mas como não ficar morrendo de vontade de ler com uma legenda como uma dessas abaixo?





31) Feminismo em comum: Para todas, todes e todos - Márcia Tiburi


Ainda não li - livro para repensar as estruturas de nossa sociedade e a levar o feminismo a sério, com linguagem fácil.








32)  O Martelo das Feiticeiras - Malleus maleficarum


O manual utilizado por séculos para caçar bruxas na Idade Média. "A inflamada epidemia que perseguiu e condenou mulheres, fosse por seus conhecimentos ou comportamentos que fugissem aos padrões morais e religiosos da época, fosse por pura vingança e misoginia, é uma mancha na história da humanidade. Escrito no século XV, o livro beneficiou-se da invenção da imprensa para sua difusão, tendo diversas reedições pelo continente europeu e, apesar de inúmeras polêmicas e dúvidas quanto à validade de seus ensinamentos, chegou aos séculos XVI e XVII com prestígio entre os perseguidores de hereges. Amplamente utilizado pelos tribunais seculares, o manual pode ser responsabilizado pelas mais de 100 mil execuções, em sua maioria de mulheres, realizadas pela Inquisição durante pelo menos quatro séculos, como apontam historiadores. Como identificar bruxas? Como agem bruxas? Como julgar bruxas? Essas são as questões centrais respondidas neste tratado pelos inquisidores Herinrich Kraemer e James Sprenger, que, entre outras afirmações fantasiosas, atribuem à mulher a prática da bruxaria por meio da cópula com o demônio. As bases do pensamento neurótico das práticas misóginas, do controle dos corpos, do sexo e dos conhecimentos médicos articulados com o poder secular e religioso estão aqui demonstradas de maneira sistemática. O livro tornou-se também modelo para persecuções penais modernas, com seu julgamento inquisitório e suas penas baseadas na expiação da carne. O Malleus maleficarum é um documento de importância histórica, filosófica e jurídica. Espera-se que a partir do conhecimento de um passado trágico hoje essa "reinserção do feminino na história, resgatando o prazer, a solidariedade, a não competição, a união com a natureza, talvez seja a única chance que a nossa espécie tenha de continuar viva". Esse quero muito ler, mas não tive coragem ainda - dizem que tem que ter estômago bem forte para ler um monte de absurdos infundados contra as mulheres.








33) A criação do patriarcado: História da Opressão das Mulheres pelos Homens - Gerda Lerner


Estou bem no comecinho deste livro, que é um pouco mais "difícil", mais técnico, então vou colocar o resuminho da própria editora: "Explora cerca de 2.600 anos de história humana e as culturas do Antigo Oriente Próximo, para nos mostrar em um dos mais originais estudos dos últimos tempos, a origem da opressão das mulheres perpetrada pelos homens. Valendo-se de dados históricos, literários, arqueológicos e artísticos, Gerda Lerner refaz o traçado evolutivo das principais ideias, símbolos e metáforas graças às quais as relações de gênero patriarcais foram incorporadas à nossa civilização, sustentando que a dominação da mulher pelo homem é produto de um desenvolvimento histórico. Não é “natural” ou biológica e, portanto, imutável, de modo que o Patriarcado como sistema de organização da sociedade pode ser abolido por processos históricos. Gerda Lerner propõe uma nova e surpreendente teoria de classe, revelando as diferentes maneiras pelas quais as classes são estruturadas e vivenciadas de forma diferente por homens e mulheres."


34) Fome: Uma autobiografia do (meu) corpo - Roxane Gay


Na minha listinha aqui, relacionado aos 2 primeiros livros desta lista. Abuso sexual e transtornos alimentares em uma autobiografia.







35) A gorda - Isabela Figueiredo


Ficção de uma autora portuguesa, li para o clube de livros "Leia Mulheres Campinas" em 2019. Fiquei com preguiça do português de Portugal e nem curti a protagonista tanto assim, mas tema importante.







36) Clube da luta feminista - Jessica Bennett


O tipo de humor (americano talvez?) não é meu estilo, mas costuma ser citado como um livro mais didático de como reagir a situações machistas. Praticamente um bê-a-bá de como responder/reagir em diversas situações conflituosas, principalmente no trabalho.







37) Um caminho para a liberdade - Jojo Moyes


Conhecida por livros românticos água com açúcar, como o sucesso "Como eu era antes de você", já li uma dezena de livros da autora. A maioria não chega aos pés do mais conhecido, mas "Um caminho para a liberdade" além da ficção cativante, é um ótimo pano de fundo para discutir feminismo, educação, ecologia, estupro e outras situações. Se passa no interior dos Estados Unidos (estado de Kentucky) na década de 30, quando um grupo de mulheres administra uma biblioteca itinerante à cavalo, mudando a vida dos moradores da cidade. 







38) As Horas Vermelhas - Leni Zumas


Romance sobre cinco mulheres em uma pequena cidade dos Estados Unidos que vivem diversos dramas, todos relacionados ao aborto, maternidade, identidade e liberdade. Comprei faz pouco tempo e ainda não comecei.







39) Maria Bonita - Sexo, violência e mulheres no cangaço - Adriana Negreiros


Sobre a vida de Maria Bonita e outras cangaceiras, que não era nada fácil, no sertão brasileiro. Uma parte da História que desconhecemos, porque só costumam focar no ponto de vista de Lampião ou outros homens do bando, ou das pessoas que lutavam contra eles.








40) Use a moda a seu favor - Carla Lemos


Livro extremamente necessário, que deixou de "ressaca literária" rs. Moda costuma ser vista como algo fútil e inútil e eu mesma nem sou chegada nesses assuntos - não sigo as tendências, sou mão-de-vaca e quase nunca gasto com roupas e afins e nunca é minha principal preocupação. Sempre fui assim, mas depois do "Mito da Beleza", ligo menos ainda rs. Mas a Carla mostra o mundo da moda além da futilidade, como uma das principais indústrias do mundo e do Brasil e como é feita para oprimir as mulheres - das trabalhadoras da moda às consumidoras, passando é claro pelo mundo das propagandas e da influência. Para fãs do filme "O diabo veste Prada" e para não fãs também rs. Perfeito para ser lido em sequência com os 2 primeiros livros deste post. Sigam a Carla no instagram - Modices.







Sim, essas fotos são dos meus sutiãs. Pode acreditar que eu já testei muitos. Quase todos de renda, mesmo eu detestando a textura que fica marcando embaixo das camisetas. Já achei modelos que não apertam (tanto) mas são caros (ou de fora), muitos com tecidos que abafam nossa pele e fazem mal pro meio ambiente, além de serem limitados a poucas marcas e lojas. Não é justo que tantas mulheres com menos possibilidades que eu, tenham que lidar com esse problema em pleno 2020. . Sim, eu estou cobrando que as marcas façam sutiãs que não sejam desconfortáveis. Porque se elas querem tanto evoluir e falar sobre empoderamento feminino, elas precisam colocar o discurso em prática. Nós queremos e merecemos peças que sejam pensadas para as nossas necessidades. . Sim, algumas marcas quiseram me mandar modelos que me agradam. Mas não é sobre meu corpo. Não é sobre mim. E quem prestou atenção nos depoimentos que eu compartilhei nos stories ou leu os comentários das mulheres no meu reels, entendeu que isso tá longe de ser uma demanda individual. . Sim, muitas mulheres deixam de usar sutiã, mas isso não é uma verdade absoluta sobre a libertação da mulher. A gente precisa entender que cada uma tem sua realidade e que corpos diferentes têm necessidades diferentes. Usar sutiã não me faz menos feminista ou dona do meu corpo. . Sim, eu estou questionando os modelos de sutiãs porque eu pago por eles, muitas mulheres que não se sentem atendidas pagam e nós queremos ser ouvidas. . E não, eu não vou parar de questionar. Sem questionamentos não há evolução e só se resolve um problema quando se reconhece um problema. . Embora eu tenho sido ensinada que as mulheres devem aceitar o que a sociedade dita como roupa feminina, eu sei que posso usar meu espaço aqui, assim como fiz no meu livro #UseAModaASeuFavor, pra estimular mudanças. É isso que eu vou continuar fazendo. E pra saber mais sobre esse assunto só ir ali nos destaques ‘lingerie’ . #modicesinspira
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"Quando eu estiver assim vou fazer isso" Quem nunca? Estava refletindo sobre as vezes que deixei de fazer o que tinha vontade porque era difícil pra mim. Sempre tinha um pensamento de "quando emagrecer os 40 quilos que eu quero (🤪🤪🤪) vou fazer isso", fazia listas do que eu queria quando finalmente tivesse o corpo que eu achava que precisava pra fazer determinada coisa. Hoje não estou totalmente livre desses pensamentos que são colocados na nossa cabeça desde sempre, mas eu consigo perceber quando a vergonha de não ser o que a sociedade espera bate na minha porta. E na grande maioria das vezes já consigo ignorar. Por mais clichê que possa parecer a gente não sabe o que vai acontecer amanhã, você vai ter tempo de estar do jeito que você planeja pra fazer o que você quer? Não sabemos. Todo mundo tem objetivos e ninguém está satisfeito, mas não dá pra ficar parado esperando o momento certo porque ele não existe. As coisas estão acontecendo agora e o agora é tudo que você tem e o que você é.
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41) A coragem de ser imperfeito - Brené Brown


Clássica indicação de livro cuja leitura é necessária para a vida! Muita gente só foi conhecer a autora pelo documentário recente da Netflix, mas já faz algum tempo que ela faz sucesso no exterior. Resumo do livro: "Como aceitar a própria vulnerabilidade, vencer a vergonha e ousar ser quem você é." A autora tem diversos outros livros que servem como uma continuação - "A arte da imperfeição""Eu achava que isso só acontecia comigo""Mais forte do que nunca" e o mais recente "A coragem de ser você" - todos falando sobre vergonha, vulnerabilidade, imperfeição, coragem, aprendizados etc.







42) Um dia ainda vamos rir de tudo isso - Ruth Manus


Coletânea de textos da Ruth Manus sobre as situações cotidianas no novo milênio - engraçadíssimo - só não li em uma sentada no finalzinho de 2018 porque queria "economizar" a leitura para ela durar mais rs.








Ótimo livro  do filósofo/professor famoso na internet, que me identifiquei muito porque li em 2019 durante a minha longa viagem sozinha, além de ser introspectiva por natureza e gostar de ficar (e viajar sozinha). Destaco abaixo um trecho do livro, sobre solitude:

"Desconfie de quem se isola sempre. Desconfie ainda mais de quem nunca se isola. Confie pouco em quem vive conectado. Tenha compaixão pelas pessoas que estão tão desesperadas para evitar a solidão que vivem de festa em festa, de post em post, de bar em bar levando seu desespero para beber. Solidão bêbada não ilumina, apenas tropeça e amanhece mais triste na calçada. Solidão a dois é um inferno absoluto. E solidão ranheta azeda e avessa ao mundo é derrota, e não conquista. Conseguir o exercício da solidão-solitude como um prêmio fruto do seu esforço, um privilégio de busca, uma maturidade de vida.
Viver exige pausas, pensar implica certo isolamento, ser feliz com quem você ama é, acima de tudo, ter a experiência da solidão antes e durante o amor. Você precisa de muitas pessoas. Viver é amar e amar implica outros seres. Lembre-se apenas de que você também precisa de você e esse mergulho em si é vital. Quando olhar alguém em uma mesa de restaurante sozinho e feliz, passeando em um parque sem ninguém e pleno, quando ligar para alguém e a pessoa em um sábado à noite disser com serenidade: “Eu estava aqui pensando e lendo tranquilo”, não se esqueça de lhe dar os parabéns. Aquela pessoa já descobriu a faceta libertadora da solidão tornada amiga e está apta para voltar ao convívio dos outros porque já convive consigo. Se você não se suporta, quem conseguirá fazê-lo?






44) Mulheres, cultura e política - Angela Davis


Um dos livros que li no clube do livro "Leia Mulheres Campinas" em 2019, com uma das melhores discussões sobre livros que já participei. Leitura obrigatória nos dias de hoje. Foi meu primeiro livro da filósofa militante dos direitos das mulheres e contra a discriminação racial Angela Davis e por enquanto, o preferido.







45) Mulheres, raça e classe - Angela Davis


Outro livro de Angela Davis, mas como esse não discuti com ninguém, acho que aproveitei menos do que o livro acima. Leitura também obrigatória sobre a escravidão, capitalismo e opressão da mulher negra.







46) A liberdade é uma luta constante - Angela Davis


Esse está na minha lista, mas ainda não li. Mais uma coletânea de textos da autora, sobre diversos assuntos como feminismo, racismo, apartheid etc.







47) Quarto de despejo - Carolina Maria de Jesus



Carolina Maria de Jesus escrevia o seu "diário de uma favelada" diretamente de seu barraco na extinta favela do Canindé em São Paulo, contando sobre os diversos obstáculos e dificuldades na criação de seus filhos. Entre os muitos problemas, o mais impactante para mim foi ler sobre a fome constante. Já tem mais de 50 anos da publicação e realmente não entendi porque que não foi leitura obrigatória na minha época do colegial! Se você for ler só um livro deste post inteiro, talvez este seja a melhor opção - porque os problemas aqui citados são mais urgentes!






48) O sol é para todos - Harper Lee


Clássico da literatura norte-americana, conta a história de um homem negro acusado de estupro em uma pequena cidade no interior sulista preconceituoso dos Estados Unidos na década de 1930. História contada pelo ponto de vista de uma criança da cidade, cujo pai é o advogado desse homem. Foi lançado na época das lutas pelos direitos civis na década de 60 e talvez por isso tenha entrado para a História.







49) Kindred - Octavia Butler


Outro clássico norte-americano, mas eu acho que um pouco menos conhecido do que o livro acima. Comprei, mas ainda não li "Kindred". Conta a história de uma mulher negra norte-americana, que acidentalmente volta 100 e tantos anos no tempo e vai parar em um país escravagista. Finalmente li e é tão bom que não queria parar - melhor leitura de 2020 junto com "Se quiser mudar o mundo"!





50) Racismo estrutural - Silvio Almeida


"Muito mais do que a ação de indivíduos com motivações pessoais, o racismo está infiltrado nas instituições e na cultura, gerando condições deficitárias a priori para boa parte da população."







51) Olhos d´Água - Conceição Evaristo


Não li nada da autora ainda, mas ela é referência na literatura afrobrasileira. Livro de ficção sobre os dilemas de várias mulheres.





52) Um defeito de cor - Ana Maria Gonçalves


"Kehinde, africana que chegou ao Brasil escravizada, é a narradora de “Um defeito de cor”, de Ana Maria Gonçalves. No livro, ela conta em detalhes a sua captura, a vida como escrava na Ilha de Itaparica, na Bahia, os seus amores, as desilusões e sofrimentos e as viagens pelo Brasil em busca de um de seus filhos, mas também de sua religiosidade. A obra reconstrói os modos de vida dos africanos, portugueses e brasileiros no tempo da escravidão, revela como os escravos professavam, escondidos, as suas diferentes religiões, dependendo da origem de cada um, e como se organizaram para sobreviver e lutar pela liberdade no país."







53) A Resposta - Kathryn Stockett


Livro que inspirou o maravilhoso filme "Histórias Cruzadas" - imperdível! Quem não lembra das patroas brancas insuportáveis no sul dos EUA nos anos 60, das cenas impagáveis do protesto com os vasos sanitários ou da torta que uma personagem recebeu de presente? Como sempre, o livro é mais completo do que o filme e vale a pena! Segue o trailer para quem não lembra que filme é esse:









54) Tomates Verdes Fritos - Fannie Flagg


"Crônica de nostalgia e doçura, Tomates verdes fritos no café da Parada do Apito é uma deliciosa narrativa de amor, alegria e força que não nos deixa esquecer o maior segredo da vida: a amizade". Filme clássico da Sessão da Tarde da minha época (quem mais?), vemos a história de Evelyn e da senhora Threadgoode nos anos 80 e os flashbacks da comunidade nos anos 30 em um Alabama racista. Lá no começo do blog até fiz um post sobre visitar os locais de gravação de "Tomates Verdes Fritos" na Geórgia - EUA! Ah, e no livro (que eu só descobri que existia tipo uns 5 anos atrás e li a versão em inglês antes mesmo de lançarem essa em português abaixo) tem muito mais coisa que eles não deixaram claro no filme (ou eu que era criança e não entendi rs).






55) Eu sei por que o pássaro canta na gaiola - Maya Angelou


Biografia da autora, negra,  criada pela avó no sul dos Estados Unidos na década de 30.  A vida da menina é marcada por um enorme trauma que a leva ao silêncio, só remediado com a literatura. 








56) E o vento levou...


Muita gente não sabe, mas o filme de sucesso de 1939  foi inspirado em um livro gigante de 1936, que óbvio é muito mais incrível e completo. Existem 2 versões no Brasil: em 2 volumes  - volume I e volume II e a nova edição em um box, mais bonita, mas mais cara:  "Box E o vento levou...". Conta a história de uma mulher sulista norte-americana (a famosa Scarlett O´Hara), sua família e conhecidos desde um pouquinho antes da Guerra de Secessão americana no século XIX (Lembram das aulas da escola? Aquela do sul escravagista contra o norte abolicionista?) até décadas depois, mostrando as consequências da guerra e na reconstrução do sul destruído. Muitas lições para a vida! Já li meia dúzia de vezes desde nova e o filme também não me canso de ver.











57) Pequeno manual antirracista - Djamila Ribeiro


"Onze lições breves para entender as origens do racismo e como combatê-lo."







58) Minha História - Michelle Obama


Tenho ele aqui faz alguns meses, mas não sou tão fã de biografias e ainda não li. Pior ainda, quando a pessoa ainda está viva então já sabemos que o livro é incompleto hehehe. Mas é a principal meta de leitura para 2021, afinal Michelle Obama é uma das mulheres mais icônicas da atualidade. 







59) A cor púrpura - Alice Walker


Se passa no sul dos EUA na primeira metade do século 20 e sua história é contada por meio de cartas que a protagonista escreve a Deus. Sobre amor, ódio, poder, desigualdade de gêneros, etnias e classes sociais. Virou filme, mas não vi.





60) Ideias para adiar o fim do mundo - Ailton Krenak


Líder indígena que está em voga nesta pandemia, foi o primeiro texto do autor que conheci. A primeira parte, que dá o nome ao livro, foi a que mais gostei. Fala sobre ecologia e tem tudo a ver com "pensarmos em qual futuro queremos para o mundo".







61) O amanhã não está a venda - Ailton Krenak


Mesmo autor acima,  mesma linha de pensamento, com o qual concordo e apoio.







62) A vida não é útil - Ailton Krenak


Último texto do autor lançado faz pouquíssimo tempo. Também quero ler. Título curioso.







63) Alternativas sistêmicas - Pablo Solon


"As crises ambiental, econômica, social, geopolítica, institucional e civilizatória são partes de um todo. é impossível resolver qualquer uma delas sem abordar conjuntamente as demais. Elas se retroalimentam. Por isso, estratégias unidimensionais não conseguirão resolver essa crise sistêmica. Pelo contrário, podem agravá-la. Quando falamos em construir alternativas sistêmicas, estamos nos referindo não apenas à superação do capitalismo, mas a estratégias que sejam capazes de enfrentar e superar o patriarcado, o produtivismo-extrativismo e o antropocentrismo." Na minha listinha aqui.






64) Uma verdade inconveniente - Al Gore


Esse eu li já faz alguns anos - a crise climática está aí e ninguém parece se importar/fazer algo para resolver.










65) O livro da ecologia


Da mesma coleção do "livro do feminismo" que falei anteriormente, é um bom resumo sobre o assunto e dá diversas dicas de subtópicos, vertentes, teorias, nomes famosos etc para estudar mais a fundo. Além é claro de uma diagramação que dá vontade de não parar de ler.







66) Ciência no cotidiano: Viva a razão. Abaixo a ignorância! - Natalia Pasternak 


Ironicamente lançado alguns dias antes da declaração da pandemia do coronavírus, só conheci pesquisando livros para esta lista e achei importante colocar aqui, já que estamos em uma época de negação da ciência. "O cidadão que ignora fatos científicos básicos pode se tornar presa fácil de curandeiros e charlatões, gente que mente para os outros e, não raro, para si mesma." - pois é - "cidadãos" que se recusam a usar máscara em 2020/2021 estão aí pra provar que presas fáceis existem aos montes!







67) Overbooked - Elizabeth Becker


Um livraço - tanto de tamanho como de conteúdo - sobre os excessos da indústria do turismo. Necessário para quem vive dessa indústria, para quem escreve sobre isso e até mesmo para quem quer fazer um turismo mais responsável e menos predatório, tanto em termos ecológicos, como sociais, culturais e econômicos. PS: ele está caro porque a cotação do dólar está um absurdo, mas o preço oscila bastante. Comprei por 50 reais em 2020 e estou lendo com calma, pegando várias ideias para o blog então não terminei ainda. Infelizmente só tem versão em inglês. Estaria entre as top leituras de 2020 se eu tivesse terminado fácil fácil. Vale a pena acompanhar a oscilação de preço e comprar quando der!







68) Eu sou Malala - Malala Yousafzai


A menina que foi ameaçada pelo Talibã no Paquistão aos 15 anos de idade sobreviveu, se exilou com sua família nos Estados Unidos e continua lutando pela educação feminina. Aos 19 anos, se tornou a pessoa mais nova da História a receber um Prêmio Nobel da Paz! Ela é hoje uma das principais ativistas dos direitos das crianças e das meninas. Acho que sou a única pessoa da face da Terra que ainda não tinha lido, mas sempre colocava outros na frente porque esse eu já tinha certeza que vai ser bom e enriquecedor. Foi meu último livro lido em 2020 para fechar com chave de ouro!







69) Persépolis - Marjane Satrapi


Já vi fotos maravilhosas do Irã em alguns blogs de viagem por aí, mas acabo não dando prioridade de viajar para lá em partes com um certo receio de ser mulher no Irã. A autora conta em quadrinhos a sua vida sob o regime xiita no país (a partir de 1979) e justamente pelo meu receio (não chega a ser medo, é diferente - não sei explicar) de ir para lá, sei que preciso muito ler!







70) Fique comigo - Ayobami Adebayo


A autora é nigeriana e o livro de ficção se passa na Nigéria - li no começo de 2020 e adorei ele se passar em um lugar inusitado, comparado com os livros que geralmente leio. Discutimos no grupo de leitura "Leia Mulheres Campinas" sobre a sociedade patriarcal sufocante tanto para as mulheres como para os homens.







71) Hibisco Roxo - Chimamanda Adichie


Ficção que também se passa na Nigéria, é "uma história sensível e delicada sobre uma jovem exposta à intolerância religiosa e ao lado obscuro da sociedade nigeriana.





72) Americanah - Chimamanda Adichie


Outra ficção escrita pela Chimamanda, conta sobre as dificuldades de ser imigrante e mulher negra nos Estados Unidos, com reflexões importantes sobre privilégios, racismo e desigualdade de gênero. 







73) O diário dos escritores da liberdade - Erin Gruwell


Um dos filmes mais tocantes de todos os tempo, mas infelizmente pouco conhecido. Já assisti trocentas vezes e sabia que foi baseado em uma história real, mas não sabia até bem recentemente que antes do filme, rolou um livro sobre os "escritores da liberdade"! Aparentemente só tem na versão ebook e fala sobre educação, gangues, tribos, preconceito, violência, imigração, adolescência etc.








74) Ensaio sobre a cegueira - Jose Saramago


Clássica da literatura portuguesa, conseguem imaginar como seria o mundo se todos ficassem cegos de repente? O autor que nos faz lembrar sobre "a responsabilidade de ter olhos quando os outros os perderam". Já li faz um tempinho e vi o filme muitas vezes.




75) Ensaio sobre a lucidez - Jose Saramago


Esse eu ainda não li. O autor faz "uma alegoria sobre a fragilidade do sistema político, dos rituais democráticos e das instituições que nos governam. Os eleitores parecem questionar profundamente o sistema de sucessão governamental em seu país."






76) O mundo não vai acabar - Tatiana Salem Levy


Coletânea de textos com viés político no mundo atual de uma colunista de jornal.







77) Sapiens - uma breve história da humanidade - Yuval Noah Harari


"O que possibilitou ao Homo sapiens subjugar as demais espécies? O que nos torna capazes das mais belas obras de arte, dos avanços científicos mais impensáveis e das mais horripilantes guerras? Nossa capacidade imaginativa. Somos a única espécie que acredita em coisas que não existem na natureza, como Estados, dinheiro e direitos humanos." O que eu mais gostei deste livro é que foi um novo jeito de contar a mesma História da humanidade, diferente do que já conhecíamos.





78) Homo Deus - Yuval Noah Harari


"Harari investiga o futuro da humanidade em busca de uma resposta tão difícil quanto essencial: depois de séculos de guerras, fome e pobreza, qual será nosso destino na Terra? Descobrir os próximos passos da evolução humana será também redescobrir quem fomos e quais caminhos tomamos para chegar até aqui." Esse livro eu já não curti nem metade do quanto tinha curtido o anterior, mas não deixa de ser importante.





79) 21 lições para o século 21 - Yuval Noah Harari


São 21 capítulos, cada um tratando de um subtema relacionado ao século XXI - "o desafio de manter o foco coletivo e individual em face a mudanças frequentes e desconcertantes. Seríamos ainda capazes de entender o mundo que criamos?"






Leia mais:

80) M, o filho do século - Antonio Scurati


Desde que descobri este livro no ano passado, fiquei louca para ler (por conta do vídeo abaixo), mas a pilha é grande aqui e ele é caro então sigo esperando uma promoção rs. Conta sobre a criação e ascensão do fascismo na Itália na primeira metade do século XX por Mussolini. Parece que vai fazer parte de uma trilogia.








Abaixo o "hino contra o fascismo" Bella Ciao, que virou super popular no mundo todo por conta da série "La casa de Papel", mas sempre foi a música da resistência contra o fascismo de Mussolini.






81) A morte da verdade - Michiko Kakutani


Para quem quiser entender um pouco de política norte-americana e como Trump conseguiu chegar onde chegou e todo o processo de morte da verdade (e da democracia) que vem ocorrendo em terras estadunidenses.







82) Como as democracias morrem - Steven Levitsky e Daniel Ziblatt


Os autores são dois professores de Harvard e escreveram sobre como hoje em dia uma democracia morre aos poucos, ao contrário do passado, quando um grande golpe ou evento marcava a queda da democracia (ou de algum outro regime). Alguns reclamam que os autores são muito centrados nos Estados Unidos, mas é um livro totalmente diferente do livro acima, apesar do ponto de vista ser basicamente o mesmo. Tem uma espécie de "teste" para identificar governantes autoritários.







83) Como a democracia chega ao fim - David Runciman


O nome é praticamente o mesmo e realmente não sei se é parecido com o livro anterior, mas queria ler porque provavelmente é complementar.






84) As veias abertas da América Latina - Eduardo Galeano


Já disse várias vezes no instagram do blog e repito - quando um livro é censurado por algum governo, é porque eles está falando a verdade e merece ser lido! Todos os livros proibidos ao longo da História e a queima de livros pelos nazistas em 1933 já deixaram bem claro o motivo de se censurar um livro que são contrários ao regime vigente. Claro que "As veias da América Latina" foi censurado por alguns governos latinos, justamente na época quando passavam por ditaduras militares - nossa que coincidência" #ironia. Armandinho sempre mandando bem...











Escrito na década de 1970, em plena ditadura brasileira e de outros países latinos, fala sobre a submissão dos latinos aos europeus desde o século XV e posteriormente aos interesses norte-americanos. Até aí nada novo no front, mas além de analisar a "formação econômica" de países latinos que normalmente não estudamos, também aprendemos sobre a economia brasileira, além da visão eurocentrista de sempre.







85) Sobre o autoritarismo brasileiro - Lilia Moritz Schwarcz


A autora "examina algumas das raízes do autoritarismo brasileiro, bastante antigas e arraigadas, embora frequentemente mascaradas pela mitologia nacional. Os brasileiros gostam de se crer diversos do que são. Tolerantes, abertos, pacíficos e acolhedores são alguns dos adjetivos que habitam frequentemente a mitologia nacional." 2020/2021 está aí provando diariamente que o brasileiro médio é covarde, mesquinho, racista, preconceituoso, machista, agressivo, violento e gira somente em volta do próprio umbigo, entre ouras "qualidades". Só duvida disso quem esqueceu as mais de 500 mil mortes por COVID enquanto multidões lotam as praias, o campineiro que deu piti na sorveteria, o homem que quis humilhar um entregador de aplicativo, o engenheiro que é "muito mais do que cidadão" e por aí vai... Claro que tudo isso vem das raízes escravocratas e coloniais do país, como Lilia conta no livro.







86) Como conversar com um fascista - Marcia Tiburi




A princípio eu diria que é impossível porque eles não querem conversar rs. "A filósofa propõe o diálogo como forma de resistência e analisa notícias recentes e acontecimentos do mundo político para mostrar mais uma vez que é possível falar sobre temas complexos de maneira que todos compreendam."







87) Todos contra todos - Leandro Karnal



Li em uma noite - necessário. "A internet não criou os idiotas, mas deu energia e proteção para o ódio dos covardes. Leandro Karnal derruba o mito do brasileiro pacífico. Mostra o quanto transferimos para o outro o que temos de ruim. Que a maldade é tão próxima do ódio quanto da inveja. "







88) Em busca de um diálogo contra o fascismo brasileiro - Pedro Cardoso


São textos compartilhados pelo autor (sim, aquele ator da "Grande Família") em seu instagram pessoal ao longo dos últimos anos em uma ordem não-cronológica. É um livro gigante, mas muito fácil e rápido de ser lido, mas preferiria se fosse na ordem cronológica. São temas diversos, mas diria que 90% é sobre política. E ele mostra aliás que é possível ser contra Bolsonaro e contra o PT ao mesmo tempo.






89) O fascismo eterno - Umberto Eco



Ainda não li - é "uma reflexão importante e necessária sobre o sentido da história e a importância da memória. O autor denuncia que o fascismo, longe de ser apenas um momento histórico vivo na Itália, na Europa (e no Brasil) do século XX, é uma ameaça constante da nossa sociedade."







90) Como ser anticapitalista no século XXI? - Erik Olin Wright


Como ser anticapitalista em um mundo capitalista. "Sua crítica ao capitalismo é feita pelos conceitos de igualdade e justiça; democracia e liberdade; comunidade e solidariedade. Não perde de vista a crítica da exploração e do poder econômico, além de destacar a destruição ambiental associada ao funcionamento do capitalismo. O anticapitalismo é possível como uma defesa moral contra as injustiças e como uma instância prática e alternativa para um maior desabrochar de talentos humanos." Acho que o questionamento abaixo explica tudo - como ser a favor do capitalismo diante de uma constatação dessas?










91) O livro da política


Mais um livro da mesma coleção do "Livro do Feminismo" e do "Livro da Ecologia" - ótimo layout e base para entender sobre o assunto e vertentes. Daqui saem muitos nomes, subtemas que devem ser estudados, além de dicas de livros para aprender mais sobre o assunto.





92) Meninos sem pátria - Luiz Puntel


Ficção que era praticamente leitura obrigatória para adolescentes nas escolas nos anos 90. Conta sobre uma família brasileira que teve que se exilar na França durante a ditadura militar por conta do pai jornalista. Toda a história é contada pelo ponto de vista do filho mais velho - criança no início e adolescente ao final da história e as partes mais sórdidas da ditadura nem são abordadas aqui, já que tudo é do ponto de vista de alguém bem novo. Chegou a ser censurado por uma escola fascista no Brasil em pleno século XXI.







93) Os carbonários - Alfredo Sirkis


"Carbonário: [Do italiano carbonaro, carvoeiro]s.m. 1. membro de uma sociedade secreta e revolucionária que atuou na Itália, França e Espanha no princípio do século XIX. 2. membro de qualquer sociedade secreta e revolucionária." O autor (que morreu recentemente) era membro do movimento estudantil e de grupo de guerrilha na época da ditadura e conta diversos episódios, mais leves e mais pesados, com ele mesmo ou companheiros da luta (inclusive o sequestro do embaixador da Alemanha e o da Suíça). É um dos livros que inspirou a série Anos Rebeldes, dos anos 90. Terminei de ler durante a pandemia, mas achei bem arrastado e estava enrolando já fazia tempo.







94) 1968 - o ano que não terminou - Zuenir Ventura


Outro livro que inspirou "Anos Rebeldes". A história se concentra no ano de 1968, um ano com grandes acontecimentos no Brasil e no mundo. Começa na morte violenta de um estudante inocente em um restaurante e vai até o decreto do AI-5, mais restritivo dos Atos Institucionais da ditadura militar brasileira, com o qual o governo cassava, exilava, prendia ou até matava de forma clandestina qualquer opositor.




95) A onda - Todd Strasser


Falei sobre esse livro que li recentemente e sobre o filme que foi baseado nele lá no instagram algumas semanas atrás - foi um dos últimos livros que li em 2020 e demorei bastante para saber que ele existia até, mas já adoro o filme "A Onda" faz anos. Conta sobre um experimento que um professor fez em uma escola décadas atrás mostrando como seria fácil voltarmos a ter um regime autoritário como o nazismo, mesmo depois de todo o horror da Segunda Guerra Mundial. Livro imprescindível!







96) Admirável mundo novo - Aldous Huxley


Uma das distopias mais famosas do mundo, ainda leitura necessária. Mostra um mundo super controlado, com sociedade de castas  definidas no nascimento, governo autoritário, uniformidade de pensamento e pessoas adestradas.








97) A revolução dos bichos - George Orwell


Se passa em uma fazenda onde os bichos decidem fazer uma revolução contra os humanos, mas apesar das boas intenções iniciais, o resultado não sai como o esperado. Outra distopia obrigatória.







98) Fahrenheit 451 - Ray Bradbury


Distopia onde os bombeiros servem para colocar fogo nos livros, que são considerados subversivos, e as pessoas vivem em função das telas.







99) 1984 - George Orwell


Lançado em 1949, sobre uma hipotética sociedade do futuro, com governo totalitário e vigiante (de onde surgiu o temo "Big Brother"). Distopia onde o Grande Irmão vigia tudo e todos e a História foi completamente "revisionada" para ninguém pensar diferente.






100) Origens do totalitarismo - Hannah Arendt


Livro mais técnico e bem grosso que está aqui na minha pilha de futuras leituras mas ainda não comecei. Vai do antissemitismo no século XVIII, passa pelo imperialismo colonial europeu até a Primeira Guerra. fala sobre regimes autoritários em geral, com foco na Rússia stalinista e na Alemanha nazista, abordando também o papel da propaganda nisso tudo.






101) Eichmann em Jerusalém - Hannah Arendt


Comecei a ler, mas é bem denso e estou lendo devagar. Adolf Eichmann era um nazista procurado após a guerra, que se escondia na Argentina. Foi levado à julgamento em Jerusalém na década de 60 e a autora conta sobre seu julgamento. É onde ela elabora o seu conceito de "banalidade do mal".







102) Homens em tempos sombrios - Hannah Arendt


Esse eu não tenho, mas conta sobre homens e mulheres (celebridades) vivendo na primeira metade do século XX, com a ascensão de regimes totalitários.







103) O diário de Anne Frank


Acho que não preciso falar muito do famoso diário escrito por uma adolescente judia na Holanda, em um esconderijo durante a Segunda Guerra Mundial. Foram cerca de 2 anos em uma situação enlouquecedora e já sabemos que o final não é feliz, mas acho leitura imprescindível para lembrarmos que não existe a menor lógica em perseguir qualquer povo que seja - sempre é algo extremamente cruel e violento. É possível visitar o esconderijo de Anne Frank e sua família em Amsterdã e é uma visita que recomendo muito. Conheci também um pequeno museu sobre ela e sobre o holocausto em Berlim - o Anne Frank Zentrum.







104) O diário de Zlata


No mesmo esquema da Anne Frank, é o diário d uma adolescente na guerra da Bósnia nos anos 90, vivendo na Sarajevo constantemente bombardeada e tendo sua vida, sua família e seus amigos afetados diretamente pela guerra. Li quando era adolescente, logo que lançou e fiquei chocada porque a autora er pouca coisa mais velha do que eu e estava passando por uma situação inimaginável para mim na época. Quero muito conhecer a região dos Bálcãs!






105) O menino do pijama listrado - John Boyne


Eu vi o filme antes de ler o livro, mas chorei horrores nos 2 casos porque é uma história triste demais. Um menino fofíssimo muda com sua família para o interior da Alemanha durante a Segunda Guerra porque seu pai vai trabalhar em um dos campos de concentração. Ele acaba fazendo amizade com um menino mais fofo ainda que está sempre vestindo um pijama listrado e está do outro lado de uma cerca, em uma situação que ele não entende muito bem. Impossível não se perguntar a que ponto de loucura os nazistas chegaram para fazerem aquele tipo de coisa com milhões de pessoas.


100+ livros para pensar qual futuro queremos para o mundo - O menino do pijama listrado
Esse era o tal do pijama listrado...









106) Ele está de volta - Timur Vernes


Imaginem que Hitler acordasse do nada em Berlim em pleno século XXI? É essa a história de "Ele está de volta", que virou filme depois, mas por enquanto eu só li o livro. A parte engraçada é por conta das trapalhadas com os avanços tecnológicos com descrições detalhadas no livro, mas é triste ver que ainda haveriam pessoas que levariam a sério as ideias retrógradas e criminosas de Hitler.


Filme: Ele Está de Volta Direção: David Wnendt Ano: 2015

Publicado por Um Filme Me Disse em Quarta-feira, 12 de setembro de 2018


 

Filme: Ele Está de Volta Direção: David Wnendt Ano: 2015

Publicado por Um Filme Me Disse em Quarta-feira, 19 de setembro de 2018







Tenho várias indicações de livros sobre Berlim aqui e também um post sobre o novíssimo Museu da Segunda Guerra Mundial em Gdansk, Polônia - local onde o conflito começou.

107) Do Inferno ao Planalto - André Braga


Livro recente que descobri fazendo essa lista. Hitler reencarna no Brasil nos anos 70 e tempos depois, se candidata a presidente - horripilante ideia.





108) Os bebês de Auschwitz - Wendy Holden


Os campos de concentração eram campos de morte, mas contrariando todas as expectativas, algumas mulheres conseguiram manter gravidez ou crianças pequenas, pelo menos por algum tempo. Este livro conta sobre 3 bebês (e suas mães) que passam por Auschwitz e é impressionante!  Conta também sobre alguns outros campos de concentração.






109) Em busca de sentido - Viktor Frankl


Quero muito ler! Conta como foi a passagem do autor por um campo de concentração durante a Segunda Guerra e sua busca pelo sentido da vida no meio daquele caos todo.






110) Brasil nunca mais - Dom Paulo Evaristo Arns



Um relato doloroso da repressão e tortura que se abateram sobre o Brasil da época da ditadura baseado em 700 processos que correm na Justiça, de fatos entre abril de 1964 e março de 1979. Negar a ditadura militar no Brasil é negar a História e deveria ser considerado crime!







111) A resistência - Julian Fuks



O autor argentino conta sobre sua família na Argentina a partir do golpe militar de 1976 e imagino que deva ser um livro cheio de situações muito parecidas com a de milhares de brasileiros na mesma época.







112) O manifesto comunista - Karl Marx e Friedrich Engels


Acho engraçado demais uma certa parcela da população que fala de algo sem ter a mínima ideia do que aquilo significa. Eu quando descubro algum assunto novo, vou correndo pesquisar para não falar bobagem, mas nem todo mundo pensa assim. Hoje no Brasil, geral usa "comunismo" ou "comunista" de forma totalmente equivocada, simplesmente como "algo/alguém contra o governo". Comunismo "não é sobre tomar suas roupas, seus móveis e seu celular. É sobre suprimir a propriedade privada que só pertence à minoria. Como dizem, suprimir a propriedade que só existe porque nega propriedade ao restante da sociedade. É sobre isso a transformação de privada para socializada." - diz Sabrina Fernandes, uma das pessoas que mais fala sobre o tema na internet. Se você não tem milhões e milhões de reais na sua conta bancária, pode ter certeza que os comunistas  (infinitamente menos pessoas do que se imagina que exista por aí) não estão falando de tomar o seu Celta 2002 nem o seu Iphone pago em 235 prestações. E não, nunca vimos o comunismo em prática em país nenhum do mundo até hoje.
















113) "Se quiser mudar o mundo" - livro da Sabrina do canal Tese Onze



A Sabrina faz diversos vídeos sobre política no canal de Youtube "Tese Onze" e lançou este livro em 2020 sobre política, abordando os conceitos básicos. Ela já tem um livro publicado que é bem técnico e mais avançado (chamado "Sintomas Mórbidos", então só li o 2o mesmo. Melhor leitura de 2020 (junto com o Kindred)!






Ufa! Terminei! Tenho uma lista de "livros para ler antes de morrer" lá na Amazon, que vocês podem acessar neste link aqui e lá estará sempre mais atualizada do que este post.  Se tiverem alguma dica de leitura relacionada aos tópicos acima, deixem nos comentários! A lista acima já é bem longa, mas esse caminho de aprendizado não tem mais volta. Quem vem comigo?


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