quinta-feira, 28 de março de 2024

Roma: 10 atrações diferentes e alternativas para fugir dos clichês

Quando viajamos, sempre pensamos em colocar no roteiro os pontos turísticos “blockbusters”, geralmente lotados de turistas, já que todo mundo faz questão de visitar. Em Roma, essa lista é praticamente infinita: Coliseu e Forum Romano, Vaticano, Fontana di Trevi, Monumento a Vittorio Emanuele, Piazza del Campidoglio, Piazza Navona, Pantheon, Chiesa Santa Maria Sopra Minerva, o bairro de Trastevere, Castel Sant´ Angelo, Piazza di Spagna com a famosa escadaria, Galeria Borghese, Bocca della Verità e devo estar esquecendo de mais coisa...

Mas entre uma atração famosa e outra, é muito legal incluir locais menos conhecidos, mas ainda bonitos e interessantes. O post de hoje é sobre algumas das atrações que conheci e aprovei em Roma, que recomendo muito, mas são menos conhecidas e visitadas pelos turistas em geral. A vantagem é que a multidão de turistas costuma ser menor neste tipo de atração também. Para dar conta de tudo isso, ainda bem que programamos bastante tempo na capital italiana - no primeiro dia só deu tempo de jantar pois nosso voo vindo da Sicília atrasou muito. Aí tivemos 4 dias completos para o básico. Seguimos para Nápoles e Costa Amalfitana. No final da viagem, voltamos para Roma e tivemos meio dia, 1 dia completo e outro meio dia antes do voo noturno para o Brasil. E ainda ficou ponto turístico de fora do roteiro...


Roma: 10 atrações diferentes e alternativas para fugir dos clichês
Tem tantos lugares históricos em Roma, que só andando pela cidade você já encontra muita coisa legal sem querer!




Roma: 10 atrações diferentes e alternativas para fugir dos clichês
Coliseu? Não! Esse é outro anfiteatro antigo em Roma!









Vou deixar os sites oficiais ou redes sociais das atrações linkados abaixo, quando for o caso - consultem para ver os endereços, preços, horários de funcionamento e informações adicionais. Não tive problemas para entrar em nenhum deles sem ingresso antecipado, mesmo viajando na altíssima temporada do verão europeu.


Galeria Doria Pamphili




Bem próximo a diversas atrações em Roma, como a Piazza Venezia com o Monumento a Vittorio Emanuele II, a Via del Corso e a Fontana di Trevi, está uma galeria incrível e pouquíssimo visitada, a Galeria Doria Pamphilj, instalada no palazzo de mesmo nome. A coleção reúne obras de artistas como Tintoretto, Ticiano, Rafael Sanzio, Correggio, Caravaggio, Bernini, Velázquez e surgiu com a união de quatro das mais ricas e tradicionais famílias romanas: a famíla Doria, a família Pamphilj (do papa Inocêncio X), a família Landi e a família Aldobrandini.

Além de tantas obras de arte magníficas, o que chama bastante a atenção é a decoração, que lembra o palácio de Versailles na França. Passem as fotos para o lado e me digam se concordam comigo - também tem uma galeria dos espelhos ali! A cada sala que você entra, são dezenas de quadros, esculturas, lustres, móveis, cortinas e etc impressionantes! O pátio interno do palácio é cercado por várias alas que foram sendo construídas e reformadas ao longo dos últimos quatro séculos (a construção era originalmente conhecida como Palazzo Aldobrandini). Não confunda este palácio com o Palazzo Pamphilj (sede da embaixada brasileira em Roma, na Piazza Navona) e nem com a Villa Doria Pamphilj (também na capital italiana).


Roma: 10 atrações diferentes e alternativas para fugir dos clichês - Galeria Doria Pamphili

Roma: 10 atrações diferentes e alternativas para fugir dos clichês - Galeria Doria Pamphili

Roma: 10 atrações diferentes e alternativas para fugir dos clichês - Galeria Doria Pamphili

Roma: 10 atrações diferentes e alternativas para fugir dos clichês - Galeria Doria Pamphili




Detalhe - essa nem é a galeria de arte instalada em um palácio histórico mais famosa de Roma!





Mercado de Trajano


Basicamente o primeiro shopping de Roma, do século II, construído pelos arquitetos Apollodorus e Damascus. Ali perto ficam a coluna de Trajano e o Fórum de Trajano, que está sendo reconstruído. No mercado, eram cerca de 150 espaços - o andar superior utilizado para escritórios do governo e os pisos inferiores para lojas de todos os tipos (por exemplo, de sedas, especiarias, flores, frutas e peixes). A construção chegou a ser convertida em um convento (Santa Catarina de Siena), base militar e hoje sedia o Museu dos Fóruns Imperiais (próximo dali também ficam os fóruns de Cesar, Augusto, Nerva e o Templo da Paz). Todos eles podem ser admirados da Via dei Fori Imperiali (entre Piazza Venezia e Coliseu), assim como o mercado.


Roma: 10 atrações diferentes e alternativas para fugir dos clichês - Mercado de Trajano
Em cima, a Via Biberatica, principal via do antigo mercado vista a partir da rua Via Quattro Novembre (onde fica a bilheteria do complexo). Dei de cara com a Coluna e o Fórum de Trajano chegando ao Monumento Vittorio Emanuelle II.



Roma: 10 atrações diferentes e alternativas para fugir dos clichês - Mercado de Trajano
Uma das salas mostra ânforas usadas para armazenar vinho e óleo e que foram descobertas no andar superior. Vários desenhos explicando como era o mercado antigamente.


Roma: 10 atrações diferentes e alternativas para fugir dos clichês - Mercado de Trajano

Roma: 10 atrações diferentes e alternativas para fugir dos clichês - Mercado de Trajano

Roma: 10 atrações diferentes e alternativas para fugir dos clichês - Mercado de Trajano

Roma: 10 atrações diferentes e alternativas para fugir dos clichês - Mercado de Trajano
A coluna de Trajano de 30m de altura vista da rua mesmo - comemorando as vitórias do Imperador na região onde hoje fica a Romênia (antiga Dácia).





Veja aqui um vídeo em inglês sobre a reconstrução do Fórum de Trajano, que está acontecendo nesse exato momento. Abaixo, o Fórum de Trajano e a Coluna de Trajano:







Roma: 10 atrações diferentes e alternativas para fugir dos clichês - Mercado de Trajano
O mercado de Trajano visto da parte grátis do Monumento a Vittorio Emanuelle


Roma: 10 atrações diferentes e alternativas para fugir dos clichês - Mercado de Trajano
Esquema do Mercado de Trajano de antigamente - Fonte: Guia Visual da Folha de S. Paulo






Largo di Torre Argentina


É uma das mais novas atrações em Roma - abriu depois que estive na cidade em 2023. Em 1925, descobriram no centro de Roma ruínas de 4 templos da época da República romana (um deles data do 4o século aC). Em um dos lados, fica a fachada do Teatro Argentina do século XVIII, onde debutou a ópera “O Barbeiro de Sevilha” no século XIX. Ali também estão restos de uma igreja medieval e um pedaço do novo piso utilizado na reconstrução da área após um grande incêndio no 1o século dC. É possível observar as ruínas do Largo di Torre Argentina pelo lado de fora, como eu fiz. 

Mas em junho/2023, foi aberto um pequeno museu no local, com passarelas acessíveis para os visitantes andarem entre as ruínas. A entrada para a área que foi ocupada por cerca de 2 mil anos é pela Torre del Papito. O local também é conhecido por abrigar um grande número de gatos e foi ali que Brutus e seus comparsas assassinaram Júlio César em 44aC (no complexo Portici di Pompeo). A entrada não é cara e deve ser um dos poucos locais turísticos sem multidão em Roma (pelo menos por enquanto).


Roma: 10 atrações diferentes e alternativas para fugir dos clichês - Largo di Torre Argentina

Roma: 10 atrações diferentes e alternativas para fugir dos clichês - Largo di Torre Argentina



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Antigo gheto judaico/bairro judeu


Perto do Largo di Torre Argentina fica o antigo gueto judaico, que vale uma visita e também um almoço ou jantar com os melhores pratos com alcachofra! Os primeiros judeus em Roma chegaram no século II e eram mercadores, reconhecidos por suas habilidades e conhecimentos financeiros e médicos. O Papa Paulo IV começou a perseguir judeus no século XVI e empurrou toda a população judaica para viver em uma área restrita, dentro de um muro. Essa é a origem do gueto.

É possível visitar o Museu Hebraico e observar o Pórtico d´Ottavia, que era a entrada para o bairro judeu. Observe as "pedras do tropeço" pelos chãos das vielas da região. Essas pedras são o maior memorial descentralizado do mundo, homenageando judeus que foram perseguidos e/ou levados para campos de concentração durante a Segunda Guerra. Elas costumam ser colocados no último endereço conhecido das pessoas ou então no endereço do trabalho, com nome, data de nascimento e morte além do destino que teve durante a guerra (fugiu para outro país, foi para um campo e depois transferido para outro, etc). A primeira vez que vi essas pedras foi em Berlim cerca de 10 anos atrás, mas atualmente elas estão presentes em diversos países europeus. Falei sobre as "stolpesteine" neste post.



Roma: 10 atrações diferentes e alternativas para fugir dos clichês - Antigo gheto judaico/bairro judeu
Diversas "pedras do tropeço". A Fontana delle Tartarughe da primeira foto da montagem foi trabalho de 3 artistas. Foi criada no final dos anos 1500 para a família Mattei. Os 2 garotos de bronze foram adicionados posteriormente pelo segundo artista, assim como as tartarugas (pelo terceiro - possivelmente Bernini).


Roma: 10 atrações diferentes e alternativas para fugir dos clichês - Antigo gheto judaico/bairro judeu
A sinagoga de 1904 abriga um museu, que traça a história dos judeus em Roma, mas estava fechada quando passei ali. O Portico D´Ottavia foi construído em homenagem a Ottavia, irmã de Augusto e era a entrada do Circus Flaminius.


Roma: 10 atrações diferentes e alternativas para fugir dos clichês - Antigo gheto judaico/bairro judeu



Entre os restaurantes recomendados está o Nonna Betta, onde jantamos uma noite (faça reserva pelo site). O acesso para a ilha Tiberina se dá pela ponte Fabricio.



 





Garanta aqui seu tour pelo bairro judeu:
Tour pelo Gianicolo, Trastevere e bairro judeu




Teatro di Marcello


É um mini coliseu muito próximo ao bairro judeu. Não dá para dar a volta completa nele por conta das casas vizinhas. Foi inaugurado por Augusto no ano 23 aC e dedicado ao seu sobrinho e genro, Marcello, que tinha acabado de morrer aos 19 anos. A estrutura comportava 20 mil pessoas nos tempos áureos e só perdeu popularidade depois da construção do Coliseu. Posteriormente, pedras foram  retiradas dali para darem suporte fortalezas e palácios. A galeria de arcos abrigava oficinas medievais e foi reabilitada por arqueólogos na década de 1920.


Roma: 10 atrações diferentes e alternativas para fugir dos clichês - Teatro di Marcello
Essas 3 colunas ao lado do teatro era do Templo de Apolo, do século I.




Galeria Sciarra e Galeria Alberto Sordi



Na mesma região da Fontana di Trevi, Pantheon e afins, ficam 2 galerias interessantes do ponto de vista arquitetônico. Mas não são galeria de arte. A ideia é somente admirar a arquitetura então são passagens bastante rápidas.


Roma: 10 atrações diferentes e alternativas para fugir dos clichês - Galeria Sciarra e Galeria Alberto Sordi
Entre a Fontana di Trevi e a Via del Corso, fica a simpática Galeria Sciarra. Passei logo cedo pela manhã, quando não tinha nenhum movimento nas ruas de Roma e a galeria parecia parcialmente em reforma, mas deu para entrar e ver o pátio brevemente. Acima, as colunas do Templo de Adriano nas proximidades.



A Galeria Sciarra foi construída no final do século XIX como um pátio coberto de uma palácio de um príncipe (descendente da família Barberini). Foram utilizados ferro e vidro e o que mais chama a atenção é a pintura em estilo Liberty (a variante italiana da Art Noveau) representando figuras femininas - por isso se chama "A glorificação da mulher".  Hoje abriga escritórios, mas o pátio é aberto ao público.


Roma: 10 atrações diferentes e alternativas para fugir dos clichês - Galeria Sciarra e Galeria Alberto Sordi
Subindo a Via del Corso em direção a Piazza del Popolo, encontramos à esquerda a Piazza Colonna da foto e do lado direito, a Galeria Alberto Sordi (que antigamente se chamava Galeria Colonna). Ela é menos pomposa do que a Sciarra, mas ainda admirável. Não vi lojas abertas apesar de já estar na hora do almoço, mas acredito que era devido a uma reforma no local em 2023. O nome vem de um ator romano falecido em 2003.



No andar superior da Alberto Sordi ficam escritórios do governo e a construção é maior do que a Sciarra. Ela lembra a Galeria Vittorio Emanuelle II em Milão e a Galeria Umberto I em Nápoles, que conheci alguns dias depois nessa mesma viagem.



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Stadio Domiziano (no subsolo da Piazza Navona)


A atual Piazza Navona, uma das mais belas piazzas romanas, segue o desenho de um antigo estádio, cujas ruínas podem ser visitadas - é o Stadio Domiziano! Construído no século I (86 AD) por Domiciano, era utilizado para competições de atletismo, corridas de bigas e outros esportes. O aspecto atual da praça tomou formas no século XVII quando o papa Inocêncio X encomendou uma nova igreja, palácio e fonte na praça onde sua família tinha uma palazzo. A fonte em questão é a Fontana dei Quattro Fiumi, de Bernini, representando 4 grandes rios (Nilo, Prata, Ganges e Danúbio).

Na visita ao antigo estádio, além das ruínas milenares, vemos uma exposição sobre os costumes alimentares romanos, sobre os principais imperadores e principalmente sobre os esportes daquela época. Tem um audioguia bem extenso e se você for ouvir tudo, vai levar 1h, que é o tempo para a visita da parte principal. Depois nos juntamos a um grupo para seguir para a outra parte das escavações (bem menor) do outro lado da praça juntamente com um funcionário da atração.



Roma: 10 atrações diferentes e alternativas para fugir dos clichês - Stadio Domiziano (no subsolo da Piazza Navona)

Roma: 10 atrações diferentes e alternativas para fugir dos clichês - Stadio Domiziano (no subsolo da Piazza Navona)

Roma: 10 atrações diferentes e alternativas para fugir dos clichês - Stadio Domiziano (no subsolo da Piazza Navona)

Roma: 10 atrações diferentes e alternativas para fugir dos clichês - Stadio Domiziano (no subsolo da Piazza Navona)
Segunda parte da visita, do outro lado da praça - somos levados até lá por um funcionário







3 Igrejas incríveis, mas menos famosas - San Ignazio di Loyola, San Clemente e Sant´Andrea della Valle



A San Clemente não é das das igrejas mais famosas da cidade, mas uma das que mais gostei de visitar. No caso o subsolo dela - você desce 18m e volta 2.000 anos no tempo! Embaixo da atual Basílica de São Clemente do século XII, está outra basílica do século IV, também dedicada ao mesmo santo (o quarto papa)! Mais um nível abaixo, existem ruínas de um templo mitraísta, religião vinda da Pérsia, exclusivamente masculina, que disputava com o cristianismo em seus primórdios.

Lá embaixo é bem fresquinho (se tornando um dos melhores passeios para fazer em Roma em dias de calor infernal). Não costuma encher e como eu não sabia que horas chegaria ali, não comprei antes. Chegando lá, na lojinha me disseram que é mais barato inclusive comprar online então comprei pelo celular ali mesmo.

No Templo de Mitras tem um altar mostrando o abate de um touro, na sala usada para banquetes e rituais do culto (triclinium). Na basílica inferior queimada no saque normando de 1084, ficam afrescos desbotados com cenas da vida do Papa Clemente. Na basílica superior, o mosaico da abside tem detalhes com animais e folhas de acanto e a Cappella di Santa Caterina contém afrescos com cenas da vida da santa de Alexandria. Dentro da basílica atual tem também um grande candelabro de Páscoa do século XII.

Em 1857, um padre descobriu a basílica enterrada sem querer e começou o processo de escavação. É proibido tirar fotos dos andares subterrâneos. A igreja fica próxima ao Coliseu. Saímos da área do Forum Romano e do antigo anfiteatro no final da tarde, caminhando até lá. Sugiro fazer a visita no mesmo dia e por isso é melhor comprar o ingresso online na hora para ter certeza do horário que estará liberado.


Roma: 10 atrações diferentes e alternativas para fugir dos clichês - San Clemente

Roma: 10 atrações diferentes e alternativas para fugir dos clichês - San Clemente


Roma: 10 atrações diferentes e alternativas para fugir dos clichês - San Clemente
Esquema dos diferentes níveis da igreja San Clemente em Roma - Guia Visual da da Folha de São Paulo





São Inácio de Loyola foi o fundador da Companhia de Jesus e foi homenageado com a igreja San Ignazio di Loyola em Roma pelo papa Gregório XV em 1626. É uma igreja barroca extravagante, com interior revestido por pedras preciosas, mármore e muito dourado, com uma planta em cruz latina. A cúpula projetada nunca foi construída e em seu lugar foi pintada um domo em perspectiva. O teto de Andrea Pozzo (mestre da arte de trompe-l´oeil), pintado em 1685 exalta as missões jesuítas mundo afora. As figuras de 4 mulheres representam Ásia, África, Europa e América. Esse é hoje o maior atrativo da igreja e forma-se uma fila considerável para ver os efeitos da pintura através de um espelho.

Fica bem no burburinho turístico principal de Roma, próxima à Santa Maria Sopra Minerva, Panteão, Galleria Doria Pamphilj e a Via del Corso.


Roma: 10 atrações diferentes e alternativas para fugir dos clichês - San Ignazio di Loyola

Roma: 10 atrações diferentes e alternativas para fugir dos clichês - San Ignazio di Loyola





É na igreja Sant´Andrea della Valle que se passa o primeiro ato da ópera "Tosca" de Puccini, mas ela também foi importante para a Contra Reforma. Tem o 2o maior domo de Roma, uma fachada barroca assimétrica (caso raro) e afrescos de Domenichino. Bem perto do Largo di Torre Argentina, a gente passou ali 2x sem querer, mas ela nem estava no nosso roteiro original - só entramos porque é bonita por fora e estávamos literalmente na calçada em frente. Ali fica uma versão da Pietà, só que negra (feita pelo braço direito de Michelangelo, Rafaello da Montelupo) e a igreja começou a ser construída em 1591.


Roma: 10 atrações diferentes e alternativas para fugir dos clichês - Sant'Andrea della Valle
A Pietà negra na Igreja Sant´Andrea della Valle





Onde ficar em Roma (com boa localização)



Ao contrário do que a maioria das pessoas fala por aí, Roma é sim uma cidade gigante e a parte turística é bastante espalhada. Por conta de todas as ruínas e vestígios históricos, é complicadíssimo construir um bom sistema de metrô e o metrô de Roma hoje é irrisório pelo tamanho da população e da cidade. Tem muita atração turística que você não chega de metrô e se você se hospedar perto de alguma delas, vai ficar longe de outras, sem dúvida nenhuma. Uma caminhada entre o Vaticano e a estação Termini dá cerca de 1h segundo o Google Maps, para vocês terem uma noção.

Decidir onde ficar em Roma foi uma tarefa dificílima, tanto pela definição da "melhor" localização (próxima a ponto turísticos, restaurantes, movimento noturno para se sentir mais seguro voltando para o hotel e também com fácil acesso ao transporte público) como pelo preço na estratosfera da maior parte das hospedagens. A frota de taxi de Roma tem cerca de 8 mil carros e não está nem perto de ser suficiente, pelo menos no verão. Ficamos 6 dias inteiros e mais chegadas e saídas e só conseguimos pegar táxi na saída do aeroporto, quando pedimos na recepção do hotel, quando saindo de um restaurante no bairro Trastevere perguntamos para o garçom onde ficava o ponto de táxi mais perto ou uma vez por aplicativo. Na maioria das tentativas, aplicativos diversos não encontravam carros disponíveis e muitas vezes tivemos que andar muito mais do queríamos, já cansados no final do dia simplesmente porque era impossível conseguir um táxi.

O pior (em relação a táxis) foi para chegar e sair do Vaticano, então recomendo se hospedar perto de metrô sim, porque pelo menos para lá, dá para ir de metrô. O preço dos táxis fica bem em conta. Uma área onde achamos interessante se hospedar é ao longo da Via Nazionale. Dá para chegar ou sair de táxi e também fica perto da estação de metrô e trem Termini. Como dividimos nossa estadia em Roma em 2 partes, ficamos em hotéis diferentes. Depois da Sicília, chegamos pelo aeroporto e ficamos 4 dias inteiros em Roma no EXE International Palace. Seguimos de trem para Nápoles e Costa Amalfitana. Na volta, chegamos na estação Termini vindo de Salerno e aí ficamos no Floris Hotel por 3 noites antes de voltar para o Brasil.

Vou fazer outro post mais detalhado sobre onde ficar em Roma, mas por enquanto segue a recomendação dos hotéis onde ficamos.


Onde ficar em Roma (com boa localização) - Roma: 10 atrações diferentes e alternativas para fugir dos clichês
EXE International Palace - bem localizado, café da manhã caro (que não incluímos), prédio bonito, mas quartos antiquados. Tem elevador.


Onde ficar em Roma (com boa localização) - Roma: 10 atrações diferentes e alternativas para fugir dos clichês
Floris Hotel - boa localização (mais próximo a Termini do que o de cima), café da manhã completo. Mais simples do que o anterior no geral, mas quarto mais moderno. A fachada do prédio e o lobby assustam, mas depois que você chega no andar correto, tudo é bem bonitinho. Tem elevador.



Veja aqui todas as opções de hospedagem em Roma!







 


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6 comentários:

  1. Sem dúvida numa 1ª viagem à Roma (como outras cidades grandes e famosas), faz parte do roteiro os ícones turísticos, já numa segunda vez, a coisa muda, o perfil de viajante é outro. Adorei as sugestões das atrações diferentes em Roma, pois já conheço o óbvio e pretendo voltar para ver mais da cidade.

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    1. Que bom Cynara, sempre vão ter coisas interessantes para conhecer em um lugar tão histórico!

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  2. Gosto dos lugares tipo "tem que ir" mas amo uma listinha de atrações fora do óbvio - exatamente como essa sua lista de alternativas em Roma! Pena que com tempo mais curto nem sempre dá pra fazer isso, mas é legal conseguir programar pelo menos um lugar desse tipo.

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    1. Ah, por isso mesmo q quanto maior a cidade, mais dias eu já programo... não gosto de ir embora com aquela sensação q ficou mta coisa pra trás!

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  3. Que achado esse seu artigo sobre Roma! Suas sugestões de atrações alternativas são exatamente o que eu estava procurando para fugir dos clichês. Mal posso esperar para explorar esses locais menos conhecidos e vivenciar Roma de uma maneira única. Parabéns pelo conteúdo inspirador!

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